Algumas empresas se perguntam por que deveriam ter uma estratégia em redes sociais. Outras organizações, já mais maduras no processo, se questionam sobre a validade de ter uma rede social corporativa própria. Baseada em nossa própria experiência, acreditamos firmemente que vale a pena pelas razões listadas abaixo:
1. Valorização da marca: você sabia que cada membro de uma rede social adiciona algo como U$ 80 a U$ 100 de valor a sua marca? O que vale mais, uma empresa que apenas traz um bando de dados ou uma empresa que organizou e cuidou de cada um dos seus relacionamentos de forma clara e transparente numa rede social corporativa?
2. Organização dos relacionamentos: geralmente, os contatos com diversos tipos diferentes de stakeholders estão guardados em bancos de dados, mas não estão organizados em grupos com diversas formas de segmentação que levem a construção de relacionamentos de longo prazo. O mesmo vale para todos os contatos de todos os funcionários da empresa espalhados pelas diversas redes sociais.
3. Difusão do conhecimento: rede social é uma das formas mais democráticas de facilitar o compartilhamento de conhecimento, seja na forma de postagens de artigos, fotos, vídeos, wikis ou seja atuando como um simples repositório de diversos arquivos em editores de texto, planilhas, apresentações etc...
4. Identificação de novas lideranças: para que os grupos ganhem força, é imperativo que uma equipe de gestores seja nomeada. Essa liderança voluntária deverá ser naturalmente estimulada. A empresa poderá observar os estilos e atitudes de cada profissional e recompensá-los justamente na medida em que o real valor seja criado a cada tempo.
5. Relação transparente: na medida em que a empresa organiza todos os stakeholders, começando pelos colaboradores internos, clientes, fornecedores em diversos grupos específicos, ela abre um canal de relacionamento muito forte e positivo com todos eles criando a possibilidade de que os próprios stakeholders tragam seus respectivos relacionamentos para esse mesmo ambiente de negócios.
6. Comunicação ativa e identificada: a empresa passa a oferecer a todos um ambiente no qual a comunicação possa fluir ativamente nas duas mãos de forma transparente e identificada. Sabemos com quem, sobre o que estamos falando e quais são os resultados concretos, pois a própria plataforma documenta toda essa troca de idéias.
7. Teste de mercado: ao invés de se gastar uma fortuna com pesquisa de mercado, que tal ter a sua própria amostragem qualificada, fazer um teste in-house e com um resultado bem mais confiável em tempo real?
8. Fidelização dos stakeholders: reconhecemos que existe um desafio a ser vencido na medida em que a empresa estará se expondo mais. Entretanto, ao encarar e resolver os problemas de frente e encontrando soluções inteligentes e criativas envolvendo cada um dos stakeholders especificamente, a empresa consolidará sua marca perante o mercado e passará atrair para si as melhores oportunidades além de fidelizar todos os stakeholders e fazer com que eles mesmos tragam novos negócios para a organização.
9. Gestão central, global e local: com o tempo, a rede social evoluirá para o ponto central de relacionamento entre todos, com diversos módulos como gateway de pagamento, webconference, soluções móveis, CRM, reduzindo tremendamente os custos operacionais de prospecção de novos negócios e permitindo um alcance global pela própria presença na Internet ao mesmo tempo em que reforça sua presença local.
10. Efeito lock-in: considerando-se que (a) em geral as pessoas tem uma boa dose de resistência a mudanças e que (b) todos nós competimos pelo tempo e atenção dos decisores, aquele que melhor souber involve-los e seduzi-los, terá condições de criar um efeito lock-in (traduzindo “trancar dentro”) dificultando tremendamente a ação dos competidores. “The winner takes it all.”
Vale notar que antes que se pense em implementar uma rede social corporativa, é imperativo que se defina claramente e que se capacite o
CNO – Chief Networking Officer e sua equipe de GRN – Gestão de Redes de Negócios.
Sua empresa está preparada para esse desafio? E se o seu competidor já estiver?
Ps: Esse artigo também foi publicado na prestigiosa
Meio & Mensagem.