Como Coach de Negócios Internacionais, Palestrante, Trainer, Empreendedor e Networker, acabo de retornar de uma viagem de duas semanas pela Europa. A mesma pode ser sumarizada da seguinte forma:
- Inicio de planejamento: Fevereiro/Março, 2005
- Ponto de partida: Celebração dos cinco anos de formatura no MBA da RSM Erasmus University em 23-25 Setembro
- Período: Sep 21- Out 07, 2005
- Países visitados: Holanda, Bélgica e Inglaterra (nessa ordem)
- Palestras: duas (Rotterdam/NL e Mechelen/BE) sobre como fazer negócios com o Brasil e apresentação de algumas oportunidades de negócios em termos de coaching de negócios, IT outsourcing, VIP networking, produto ecológico e música brasileira.
- Público nas palestras: 20 e 35 pessoas na Holanda e na Bélgica respectivamente
- Feed-back das palestras (em Inglês para não perder sua autenticidade):
“Thanks for a wonderful evening of presentation that was refreshing with an honest appraisal of conditions to which you aim to attract business. More importantly, your talk on business conditions in Brazil was one of the most honest and realistic ones I have heard from any country in a very long time, you tell it like it is with no flowery garnish.” – Louis Sequeira
“You gave a very interesting presentation yesterday in Belgium, and I am happy that I have met you in person. Great work!!” – Willy van Bragt
“Let me tell you that you give a very good presentation. It gave me a better insight in Brazil and where the action is.” – Jos Mols
“Thank you for presenting yesterday, it gave a real appreciation for the way your country is and why you want to be in Europe to help grow business there and help Brazilians realise just what the potential is.” – Shaun Gisbourne
“Thank you 'big time' for your presentation! Really creative and inspiring.
And yes, I'll surely be thinking of you when abroad business regarding Brazil comes up. What you did for sure, is that you have put Brazil 'on the map' for me. Great to have gained these valuable insights.” – Richard van Houten
“It was my entire pleasure to meet you yesterday in Mechelen.
Your speech was tremendously well structured and well prepared. The rest is named 'success'. I'm sure you do business in the same way.” – Yves Miserez
- Rede de contatos: além da própria RSM, a grande maioria dos contatos e das palestras foi construída em função de minha intensiva atividade de networking online aplicando a metodologia descrita no meu artigo “Marketing de Experiências usando Ferramentas de Networking Online”
- Participação em eventos de networking: sete, sendo, dois deles na Holanda, um na Bélgica e quatro na Inglaterra.
- Cartões distribuídos x recebidos: 250 x 180
- Apoio governamental no Brasil: nenhum apesar de ter procurado por apoio nos Ministérios, Instituições, Agências e demais órgãos públicos etc...
- Apoio governamental no exterior: fui muito bem recebido pelas Embaixadas Brasileiras na Holanda e Inglaterra.
- Apoio empresarial no Brasil: limitado, apenas duas empresas deram suporte.
- Orçamento: super limitado. Entretanto, gastei apenas 75% do mesmo.
- Oportunidades identificadas:
- Business Coaching: alianças estratégicas foram feitas com Europeus, novos parceiros surgiram, recebi um convite para workshop e já tenho cerca de 3-4 oportunidades imediatas.
- IT Outsourcing: um novo parceiro foi identificado apesar da competição com os países do Leste Europeu
- VIP networking: identifiquei quatro parceiros Europeus que estão fazendo algo semelhante em Portugal, Inglaterra e Suíça.
- Produto ecológico: 10 reuniões agendadas na Holanda, Bélgica, Inglaterra e Dinamarca. O parceiro brasileiro seguirá em viagem em breve.
- Música: 3-4 contatos de qualidade com profissionais que possuem contato nesse setor
- Acesso a capital de investimentos: identificação de dois potenciais parceiros:
- Um deles possui verba de 40 milhões de Euros para investimentos em diversos projetos
- O outro está interessado em empresas não européias que queiram um sócio local para montar uma subsidiária sendo que o controle será passado após um período de tempo
Conclusões:
Minha metodologia networking usando de ferramentas online provou-se altamente eficiente justificando todo o meu investimento de tempo em desenvolver essa habilidade, que aliás, está acessível a todos os interessados. Sem o apoio da minha rede internacional essa viagem jamais teria alcançado o êxito dentro de tão limitado orçamento.
Fora da esfera governamental e de grandes empresas, o mundo dos negócios brasileiro e europeu não se conhece tão bem assim. O Brasileiro foca inicialmente no mercado Americano por alguns fatores principais: (a) apenas um novo idioma versus necessidade de conhecer diversos outros idiomas, (b) forte presença da Câmara Americana no Brasil versus ausência de uma dita “Câmara Pan-Européia” e da necessidade ter que falar com diversas entidades Européias independentes entre si, (c) também forte mercado consumidor e (d) nossa carência de recursos (financeiro e humano) para atuar em diversas frentes ao mesmo tempo. Adicione-se o nosso limitado conhecido do mercado europeu em geral.
Percebi que os Europeus têm grande interesse em aumentar suas parcerias com Brasileiros, mas devido a barreira do idioma e limitado conhecimento de parceiros confiáveis no Brasil, eles preferem a cautela a ação. Como resolver essa questão?
Se analisarmos que equação de riqueza que é valor versus alavancagem, percebemos que os países mais ricos alcançam uma pontuação mais elevada nesses quesitos. Assim, eles possuem uma maior identificação comercial na qual uma sólida confiança entre as partes permite que negócios maiores sejam concluídos mais rapidamente.
O valor pode ser expresso em relação a: (1) liderança, (2) tempo, (3) respeito profissional mútuo, (4) conhecimento técnico, (5) educação, (6) criatividade, (7) pró-atividade comercial, (8) entrega no prazo, (9) cumprimento do acordo, (10) marca e (11) agregação de valor de produtos e serviços enquanto competitividade em preço e qualidade são apenas alguns dos critérios a analisar. A alavancagem pode ser representada pela (1) rede de contatos e sua atividade na mesma, (2) presença internacional efetiva, (3) uso intensivo de todos os canais de comunicação com o mercado consumidor além de forte presença na Internet e demais meios intensivos em tecnologia, (4) localização presencial e virtual e (5) habilidade de comunicação em diversos idiomas podem resumir esse ponto.
A combinação desses fatores gera a confiança necessária para que os negócios e a riqueza possam ser criados. É o chamamos de economia de habilidades prevalecendo sobre as economias de escala. O mais interessante disso tudo é estamos falando muito mais de soft skills do que de hard skills e que as mesmas podem ser desenvolvidas através de uma metodologia de trabalho sólida desde que haja o comprometimento por parte do empresariado com as metas a serem alcançadas. Portanto, antes que a empresa Brasileira caminhe internacionalmente, ela precisa se alinhar em sua fórmula da riqueza com os seus primos mais ricos. Ai então, estaremos literalmente “falando o mesmo idioma” independentemente da língua a ser usada no diálogo.
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